Olá....nosso país passa por um momento conturbado, de pouca ou nenhuma tolerância entre nós e pra completar estamos vivenciando eleições presidenciais, pra governo dos Estados, pro parlamento e enfim uma séria crença que isso é sinônimo de democracia. Bom, pior que pra chegar até aqui o Brasil passou por inúmeros momentos de dor e ainda é recente os tempos em que não podíamos votar.
Pessoas eram presas, torturadas e mortas por expor o desejo de uma sociedade mais justa e igualitária. Mas mesmo conquistando o direito ao voto, muito ainda falta pra dizermos que o processo é limpo, honesto e democrático. Acho que essas eleições, em especial, tem demonstrado que a compra de votos, o assédio pra votar em candidato A ou B, não é uma prática do passado. O que também tem prevalecido é o ódio de pessoas(xenofobias, racismo, homofobia, etc) ou raiva de migalhas concedidas ao povo pobre, um ódio de ter perdido privilégios como o resquício mais evidente da escravidão brasileira em que mulheres ainda trabalhavam em "casas de família" com salários muito inferiores ao salário mínimo, sem direitos trabalhistas, com hora pra entrar e sem hora pra sair do trabalho, sem direito a folgas, algumas até abusadas sexualmente dentro do lar dessas "famílias de gente boa".
Enfim, tem um setor na sociedade que se sente prejudicada com essas poucas conquistas. Como gosto de contar histórias vividas, vou relatar duas experiências que vivi hoje e me motivou a voltar pro bloguinho... Uma senhora de "boa aparência" com todos os sentidos pejorativos que esse termo passa, conversava em um grupo de mulheres em que eu estava e soltava sua indignação ao dizer que "Não aguento mais ter que pagar escola cara pro meu filho e ver a vaga da universidade pública (de seu garoto) ameaçada por um estudante cotista de escola pública"...senti seu ódio não apenas nas palavras, mas no olhar....cruzes!Santa ignorância essa de superioridade, de uns se acharem melhor do que os outros por ter condições de pagar uma escola de ensino básico pro filho. O outro caso é bem emblemático do que já relatei sobre empregada doméstica. Uma jovem moça, com seus dois filhinhos e esposo, todos brancos e com camisa do Aécio Neves(candidato a presidência pelo PSDB) pois acabaram de vir de uma atividade "militante" e estavam todos contentes. Com essa não tive o menor trato de dirigir a palavra, pra evitar contra tempo, mas o que me chamou a atenção foi a baba também com a camisa do candidato. Resolvi acompanhar a moça com o olhar, jovem negra e baba dos filhos da branca, observei o porquê de estar vestida à caráter e percebi que como toda "boa empregada"....essa tinha os mesmos traços admiráveis por toda patroa: pessoa discreta, sem fala e trabalhando aos domingos(Isso mesmo, em pleno domingo)....pronto, pra mim estava explicado a escolha do candidato pelo casal, os típicos escravocratas dos tempos modernos estavam ali, na minha frente! Bom, nem vou falar do terceiro caso que presenciei, pois esse, um jovem branco de pouca idade se negou a dialogar com um senhor dilmista por achar que não tem o direito de ficar "ouvindo besteiras", isso mesmo. Os aecistas são tão arrogantes que só a fala deles é direito, quanto aos outros....não merecem direito, nem a fala....
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